terça-feira, 31 de maio de 2011

MERCADO DE OPORTUNIDADES

   Aquecimento do setor gera oportunidades para engenheiros civis especializados

   Foi-se o tempo das vacas magras no mercado de trabalho dos engenheiros civis. Se na "década perdida" de 1980 a oferta de vagas era tão baixa que os recém-formados preferiam migrar para o setor financeiro, onde eram mais bem remunerados, hoje o aquecimento da Construção gera tanta demanda por profissionais qualificados que os alunos já são contratados antes mesmo de se formar. No entanto, mais do que engenheiros "genéricos", as empresas precisam de especialistas – em gestão, produção, orçamento, coordenação de obras, entre outros. E, com falta de "material humano" de qualidade no mercado, as empresas estão apostando cada vez mais na formação de seus próprios quadros internos.
   O setor está crescendo e deve continuar assim nos próximos anos. Incorporadoras e construtoras aproveitam o momento favorável para lançar mais empreendimentos. Com tantos projetos tocados ao mesmo tempo, a principal dor de cabeça dessas empresas é como supervisionar todas as obras simultaneamente e com qualidade. Dessa necessidade imediata deriva o primeiro dos campos de especialização mais promissores do mercado: o planejamento de obras.
   O papel do engenheiro de planejamento é fundamental para determinar a velocidade e a estratégia com que as obras serão executadas. "Com o grande volume de lançamentos, cada vez mais o planejamento deverá ser elaborado como visão da empresa e não por cada gestão de obra", afirma o diretor técnico e de obras da Goldzstein Cyrela, Rogério Raabe. Para o vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicado da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Francisco Vasconcellos Neto, os engenheiros dessa área não podem se iludir, achando que basta dominar um software de planejamento para fazer bem seu trabalho. Em sua opinião, falta no mercado um curso de especialização forte nesse segmento.

  Com o aumento do número de obras é preciso, também, lidar com um grande número de projetistas. Portanto, há espaço também para engenheiros capacitados em Gerenciamento de Projetos. O diretor de engenharia da CCDI (Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário), Cláudio Sayeg, cita três das principais competências necessárias a esse profissional. Primeiro, ele precisa ter um domínio técnico básico, mas amplo, das várias especialidades que compõem a edificação. Segundo, deve conhecer as tecnologias mais usadas no segmento de construção em que atuará – popular, comercial ou de alto padrão. Por fim, deve saber interpretar os diversos projetos de um empreendimento e identificar as implicações no orçamento, na execução, no cronograma etc. "Não basta ler superficialmente os desenhos, é preciso saber o que há em suas entrelinhas", explica Sayeg.



Do que o mercado está precisando:


"O coordenador de projetos é o profissional que recebe todas as pastas de projetos de um empreendimento e faz com que ele aconteça. Ele deve ser hábil nas relações interpessoais, ter liderança, dominar questões gerenciais – como planejamento e administração de receitas e despesas da obra –, conhecer as tecnologias usadas pela empresa e os materiais disponíveis no mercado."


"Nós precisamos de profissionais não muito fáceis de encontrar no mercado. O orçamentista que buscamos é mais evoluído do que aquele comumente encontrado em outras empresas. Além da busca pela redução de custos, ele deve conhecer e estudar a viabilidade de tecnologias alternativas. É um engenheiro capaz de intervir na escolha de uma solução construtiva."


Bons cursos de especialização mesclam profissionais com grande experiência acadêmica e de mercado.

http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/134/artigo89320-2.asp


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